Já foi falado (e muito!) sobre o filme Coco Avant Chanel, nas pré-estréias e exibições exclusivas do filme. Como eu e a Marina não temos direito a esse tipo de galanteio (que pena!), nós precisamos esperar, como meras mortais, o filme chegar ao cinema. Assim, apenas essa semana nós fomos assistir.

Como o título revela, o filme conta a história de Gabrielle Chanel antes da famosa Maison Chanel. Baseada na biografia escrita por Edmonde Charles-Roux, a história começa em uma cena forte da infância conturbada de Coco, vivida num orfanato à espera do pai ausente. A partir daí, se constrói de forma sólida a personalidade forte de Coco, com suas manias (o cigarro sempre presente), seu estilo e suas ideias de vanguarda - controversa e até mesmo de certa forma rude, sem as lapidações sociais típicas das mulheres da alta sociedade, Coco foi bem personificada na pele de Tautou.

Avessa aos excessos, Coco nada tem de barroco - simplicidade e praticidade eram suas palavras-chave desde a vida diária até a Moda que criou. A Moda, aliás, tem pano de fundo na história, servindo de cenário para a construção de uma identidade muito mais pessoal do que de estilo, embora as duas ideias se misturem, uma vez que o estilo de Chanel era diretamente ligado a sua forma de vida; entretanto, o foco não se dá na Maison, tampouco no glamour, mas no orgulho (Coco detestava admitir o passado pobre e órfão), nos sentimentos, nos affairs (Etienne Balsan, que lhe permitiu entrar em círculos sociais acima do que seria possível, e Arthur 'Boy' Capel, o tão famoso "amor de sua vida" que ajudou-lhe a se estabelecer profissionalmente); nas pequenas coisas da emoção que contribuíram para que Coco Chanel fosse quem foi.

Assim, sem drama e de forma talvez até crua, o filme costura com beleza a história de uma das maiores estilistas de todos os tempos.

Clarissa

Libellés : cinema, Clarissa, moda

Já foi falado (e muito!) sobre o filme Coco Avant Chanel, nas pré-estréias e exibições exclusivas do filme. Como eu e a Marina não temos direito a esse tipo de galanteio (que pena!), nós precisamos esperar, como meras mortais, o filme chegar ao cinema. Assim, apenas essa semana nós fomos assistir.

Como o título revela, o filme conta a história de Gabrielle Chanel antes da famosa Maison Chanel. Baseada na biografia escrita por Edmonde Charles-Roux, a história começa em uma cena forte da infância conturbada de Coco, vivida num orfanato à espera do pai ausente. A partir daí, se constrói de forma sólida a personalidade forte de Coco, com suas manias (o cigarro sempre presente), seu estilo e suas ideias de vanguarda - controversa e até mesmo de certa forma rude, sem as lapidações sociais típicas das mulheres da alta sociedade, Coco foi bem personificada na pele de Tautou.

Avessa aos excessos, Coco nada tem de barroco - simplicidade e praticidade eram suas palavras-chave desde a vida diária até a Moda que criou. A Moda, aliás, tem pano de fundo na história, servindo de cenário para a construção de uma identidade muito mais pessoal do que de estilo, embora as duas ideias se misturem, uma vez que o estilo de Chanel era diretamente ligado a sua forma de vida; entretanto, o foco não se dá na Maison, tampouco no glamour, mas no orgulho (Coco detestava admitir o passado pobre e órfão), nos sentimentos, nos affairs (Etienne Balsan, que lhe permitiu entrar em círculos sociais acima do que seria possível, e Arthur 'Boy' Capel, o tão famoso "amor de sua vida" que ajudou-lhe a se estabelecer profissionalmente); nas pequenas coisas da emoção que contribuíram para que Coco Chanel fosse quem foi.

Assim, sem drama e de forma talvez até crua, o filme costura com beleza a história de uma das maiores estilistas de todos os tempos.

Clarissa

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