Um pouco de Semiótica
jeudi 30 avril 2009 |

Todas as segundas-feiras, das 9h45min às 12h15min, eu tenho uma cadeira chamada Teoria da Informação. Confesso: quando me deparei com esse nome no currículo da faculdade, acreditei que fosse uma matéria chata, inútil e entediante. Grandíssimo erro: Teoria da Informação é só o nome dado a essa cadeira que estuda a semiótica. Com a semiótica já me entendia muito melhor - semestre passado peguei o livro "Discursos da Moda: Semiótica, Design e Corpo", da Kathia Castilhos, para ler em casa. E me apaixonei.

Para quem não sabe, a semiótica é o estudo dos signos e das mensagens a eles atreladas. Eu vou dar um exemplo: pensem num Loubotin vermelho sangue. Me vem à cabeça sensualidade, Scarlett Johansson, lábios carnudos vermelhos, sexo, fetiche, femme fatale. E por quê? Porque a cor vermelha e o salto alto remetem a essas idéias (talvez não exatamente cada uma delas, porque a impressão semiótica depende de uma experiência prévia que é individual de cada pessoa, embora haja uma espécie de consenso coletivo quanto algumas significações).

Se pensarmos que um look completo do nosso dia-a-dia envia mensagens através de cores, formas, corte, caimento, acessórios, maquiagem, cabelo, percebemos que, de certa forma, a nossa moda individual traz um discurso sobre nós e nosso estilo de vida. E o mais interessante é que muitas vezes nem percebemos qual a mensagem que enviamos ou por que a estamos enviando - mas estamos.

Nas últimas semanas vim fazendo um trabalho de análise das dimensões do signo para essa cadeira e escolhi, como objeto de análise, um editorial que Patrick Demarchelier clicou para a VOGUE Britânica de Dezembro de 2005 chamado "Party like it's 1929".

Party Like It's 1929 - VOGUE Britânica, Dezembro de 2005; Patrick Demarchelier (fotógrafo), Leanda McConnel (editora), Solange (modelo)

Cada foto acima representa uma década, e é engraçado analisar quantos possíveis significados foram agregados à imagem final. Partindo do óbvio, a primeira imagem faz uma alusão direta às melindrosas da década de 20, mas o que quer dizer o bolero extravagante da segunda imagem? Pode ser apenas uma releitura de um clássico da época, mas a extravagância de Schiparelli (super em alta na década de 30) não teria nenhuma influência? O preto da terceira foto pode muito bem ser o símbolo da austeridade ou luto do período da Segunda Guerra Mundial, um fato representativo da década de 40. Mas então nos deparamos com a última imagem - incrivelmente múltipla, em que cada aspecto traz mais de um significado. Só para dar um exemplo: os cabelos soltos remetem à rebeldia, à idéia de liberdade e aos movimentos jovens característicos da década de 60 ou à atriz Brigitte Bardot, uma das primeiras grandes divas do cinema a ter longos cabelos e deixá-los soltos? Pode remeter aos dois, ou a nenhum, dependendo que quem analisá-lo. Indo mais fundo: teria Demarchelier ou McConnel pensado em todos esses aspectos quando decidiram soltar o cabelo da modelo ou foi apenas senso estético?

A semiótica abre um mundo inteiro de discursos e possibilidades, e quando um temos um campo como a Moda (que traz antropologia, sociologia, história e filosofia embutidas), que pode ser pura Arte e é, definitivamente, constituída de signos (intencionais ou não) e mensagens, que é pura subjetividade e sensibilidade, a semiótica encontra o terreno perfeito para se construir. E quando pegamos um estilista icônico como John Galliano, onde suas criações são espetaculares e ele próprio afirma que cada desfile conta uma história, até onde podemos ir?

Christian Dior Spring 2009 Couture Collection

Até onde a interpretação deixa de ser do próprio estilista e de sua intenção e passa a ser pessoal de alguém que está usando ou analisando a sua criação? Até onde o próprio estilista planejou e o que foi pura sensibilidade?

E quando sabemos que a Moda - a real Moda - vai além das superficialidades e é, sim, pura Arte, nos deparamos com um universo de possibilidades que não tem fim. Mas isso já é história para um novo post.

Clarissa

fonte das fotos: Demarchelier.com e Style.com

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Alice em Paris - 01
mercredi 29 avril 2009 |

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Paris, a cidade do amor? Talvez, acho que isso não dá para negar. Vi muitos casais apaixonados passeando ao longo do Sena e fazendo piqueniques nos jardins da Torre Eiffel, mas essa Paris não foi a minha Paris.

Paris da moda, Paris das melhores festas, vinhos e champagnes nacionais, Paris das lojas e mais lojas, Paris das pessoas andando de nariz empinado pela rua, sempre com pressa, mas nunca sem estilo – essa foi a minha Paris.

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Uma das sensações mais desagradáveis que tive foi passear pelas ruas de Paris com as minhas roupas brasileiras (que lá haviam sido moda há anos atrás), competindo com milhares de francesas magras e escravas da moda. As francesas conseguem se vestir de um jeito despojado, que fica ao mesmo tempo arrumado, sexy aos olhares masculinos (sem nenhuma vulgaridade) e simples.

O vestuário que mais vi nas ruas, quase como se fosse uniforme, era o vestido mais largo e um pouco acima do joelho (na maioria das vezes em tons neutros, como cinza, marrom e preto) com um cachecol grande no pescoço (quase sempre colorido), uma meia-calça estilosa, um sapato estilo sapatilha (ou uma bota de cano alto) e um sobretudo até o joelho. Isso tudo acompanhado de um óculos de sol Dior e uma bolsa nada discreta Chanel fica perfeito, acredite.

As francesas não têm muito o hábito de usarem calças jeans como nós. Para elas essa peça de roupa é realmente despojada e pouco feminina, assim, sempre optam pelos vestidos (les robes) e pelas saias (les jupes).

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E os velhos costumes conhecidos internacionalmente da boina e do baguette...? É, não são mitos. Os franceses costumam ir comprar pão a pé: eles colocam uma baguette enorme embaixo do braço e saem rumo as suas casas. Até acho isso inteligente, pois nada como queimar algumas calorias com uma caminhadinha para depois poder seguir a tradição e, assim, conciliar um bom baguette com um corpo em forma. Aliás, caminhar o dia inteiro pela cidade é o segredo da magreza deste povo.

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Falando da melhor parte, as festas de Paris são muito exigentes, gerando várias críticas dos turistas. As melhores boates são extremamente seletivas: escolhem na porta quem pode ou não entrar para o mundo noturno de Paris. Para você fazer parte deste grupo não precisa de muita coisa − basta ser bonito e estar super bem arrumado, é claro. Dentro das boates nós acabamos descobrindo que os franceses não são tão certinhos como parecem ser. Bebidas e drogas rolam soltas, e as pessoas parecem que saem para ostentar riqueza e popularidade.

Quanto aos pubs, os franceses adoram barzinhos com mesas nas ruas para ficarem bebendo vinho e conversando. É incrível como mesmo fazendo zero graus eles ainda optam por uma mesinha na rua ao invés de sentar dentro dos estabelecimentos. Mas o que tem nos bares de lá e que não tem nos nossos, nos impossibilitando de fazer a mesma coisa, são estufas enormes nas paredes, que ficam sobre as mesas, fazendo esse charmoso povo não passar tanto frio.

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Realmente há muito o que falar sobre a cidade da arte, cultura e moda, mas não se preocupem, eu volto na próxima quarta. ;)

À bientôt, mes chéris!
Alice.
Fotos: acervo da Alice, The Sartorialist e Style.com

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Milka - Viva México
mardi 28 avril 2009 |

Depois de ficar meia hora cercada por doces e drinks gostosos, mais meia hora no backstage e meia hora enlouquecendo editando fotos no Photoshop e torcendo para a bateria do laptop aguentar, eu sentei com a Jú na parte de imprensa e observei o lugar encher. E realmente encheu - estava lotado quando as luzes apagaram, para acender de novo e receber, no palco, um grupo tradicional mexicano.

A banda cantou seis músicas típicas, vestidos como manda a tradição. A última música ecoava "Viva México", tema do desfile Milka 2009. Quando eles saíram do palco, entraram meninas com vestidos verdes, brancos e vermelhos. A música começou lenta, com movimentos delicados - mas logo a batida mudou e se tornou agitada, e os movimentos ganharam velocidade. Era um grupo de jazz, muito ritmo e muitas cores; ao fim elas ergueram os tecidos que carregavam - da cor dos seus vestidos - formando a bandeira do México. Lindo.

Um novo grupo de dança entrou, com roupas mais caracterizadas à la mexicana. A este grupo seguiu-se outro, de pequenas meninas de maria-chiquinhas, vestidos brancos e cestos de flores vermelhas. A dança foi divertida, encantando todo mundo; ao fim, as menininhas sentaram-se à beira do palco, jogando flores no pessoal VIP e alternando poses em conjunto. Por trás delas surgiu um grupo de dança clássica, que dançou com suavidade. Logo, as meninas juntaram-se ao novo grupo para finalizar a apresentação.


O outro grupo que veio ao palco trouxe com ele várias obras de arte, que ficaram expostas como o fundo do ballet; movimentos suaves e delicadeza invadiram ao palco. De arrepiar. Na metade da apresentação, o grupo de bailarinos trocou lugar com as pessoas que estavam segurando as obras de arte, e foi a vez de elas dançarem. Foi maravilhoso quando percebi que esse novo grupo se vestia com as roupas representadas nos quadros lá atrás - lindíssimo. Por fim, os dois grupos também se juntaram para finalizar a apresentação, saindo com os quadros.

O street dance invadiu o palco, meninos com jeans largões e meninas de jeans saruel soltinho. Camiseta branca nos meninos e meninas de blusa larga e ombro caído com lenço no pescoço. As cores? Vermelho na blusa, verde no lenço - e alternando! Depois desse foi a vez de um homem vestido de Zorro subir ao palco, com o resto do grupo o seguindo. Saias rodas e muitas cores se misturando. Logo Zorro achou sua companheira, que dançaram em sincronia, enquanto o resto do grupo fazia movimentos mais ousados por trás. Puro clima de intensidade e sedução.

Quase uma hora desde o início do show, e os dançarinos sobem ao palco todos juntos, para agradecer. E é o intervalo então, enquanto os bartenders da Kamikase sobem ao palco para nos entreter, trazendo música e iluminação de dar inveja às melhores festas - isso sem falar no show de fogo!

E então um novo show surge - e são as roupas!
Nessa primeira foto vemos a personificação da power woman dos anos 80. Cintura marcada, paletós sensuais (sem nada de camisa por baixo), calça de alfaiataria, legging, meia-calça opaca preta - tudo tendência, super anos 80, com presença forte nos desfiles internacionais e nacionais. Temos ainda três looks de vinil, reforçando essa idéia e ainda trazendo o conceito-fetiche.
Aqui vemos uma coleção muito mais ladylike, com perfume sessentinha (e os anos 80 não olharam para os 60 como inspiração?). Xadrez, brilhos, mais cintura marcada, saia godê, luvas pretas e petit pois. Gossip Girl diria que Blair Waldorf serviu de inspiração! Ainda temos vestidinhos marcados logo abaixo do peito e descendo soltinhos a partir daí, com brilhos e bordados e outros detalhes. Destaque para o vestido final, de organza (é organza mesmo? Não tenho certeza) sobreposta e com bainha trabalhada. Adorei! Coleção super jovem, assim como a estilista Yasmine Grillo.

Os três primeiros vestidos de casamento são da Yasmine. O primeiro foi o meu preferido, com busto bordado, cintura marcada com cinto dourado e saia de tecidos sobrepostos e bordados discretos também em dourado. O segundo trouxe detalhes e bordados em turquesa, enquanto o terceiro o fez com o rosa; atenção ainda para o terceiro vestido, de um ombro só com o tecido todo drapeado. O último vestido era da Milka, a little too much pro meu gosto, mas tenho certeza que muitas noivas por aí iriam adorar.
Na centro da foto: Yasmine Grillo de tomara-que-caia balonê e Milka Wolff com túnica brilhosa.

Finalizando: não mostrei todas as fotos da coleção porque elas são muitas, mas vocês podem conferir no flickr da Júlia que ela com certeza vai postar! E me despeço deixando, para vocês, a foto com os longos do desfile.

Clarissa
fotos por Júlia Barros

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Perfil da Semana - Lolita Pille
lundi 27 avril 2009 |

“Eu sou uma putinha. Daquelas mais insuportáveis; da pior espécie. Meu credo: seja bela e consumista”.Hell/Paris - 75016

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BIO

Lolita Pille nasceu em Sèvres, França, no dia 27 de agosto de 1982. Vinda de uma família rica (mas que ela própria define como classe média alta), Lolita sempre foi acostumada ao luxo e a conviver com pessoas tão ricas, fúteis e mimadas quanto ela. Foi de sua própria vida que ela tirou inspiração para escrever, em 2002, seu primeiro fenômeno editorial – Hell/Paris – 75016.

INÍCIO

Lolita começou a escrever Hell nos cafés da moda de Paris, às quatro da manhã, depois de sair das boates em que passava a noite. Também escrevia nos intervalos das aulas no Liceu La Fontaine, as quais ela pouco freqüentava. Não precisava de muita pesquisa, bastava olhar ao seu redor, conversar com as amigas arrogantes e mimadas e descrever seu próprio cotidiano, vivido em badalados restaurantes, bares de hotéis e áreas VIPs de boates, sem falar nos passeios em Porsches e Ferraris e nas viagens nos jatinhos de amigos.

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HELL

Niilismo, existencialismo, pessimismo. Hell é Ella, uma garota rica – muito, muito, muito rica – que vive no 16ème Arrondissement de Paris (um dos bairros mais sofisticados da cidade). Com 14 anos ela entrou em uma boate e, em suas palavras, nunca mais saiu. Agora, com 18 anos, Hell (pseudônimo que ela própria se intitulou) é cocainômaca, alcoólatra e não faz mais nada da vida além de acordar todos os dias às quatro da tarde, comprar, comprar e comprar, sair com os amigos, se drogar, ir à boates, beber, fazer sexo, para no outro dia começar tudo de novo.
Hell tem sua primeira crise ao fazer um aborto. Caída no chão, chorando em frente a uma Baby Dior, ela encontra Andrea Di Sanseverini (dono do Porsche Carrera com a placa 75ONLY75), que, depois ela descobre, é tão ruim – ou pior – que ela.
Andrea é rico e bonito, exatamente como Hell, e não tem nenhum objetivo na vida além de sacanear o maior número de pessoas possíveis. “Eu sacaneio o mundo porque o odeio”, é o que ele diz. Os dois se vêem atraídos um pelo outro instantaneamente, e nenhum deles tem algo a perder.

“Hell é fascinante e provocador, um livro desabusado e lúcido, diante do qual é impossível permanecer indiferente. Talvez o segredo de seu impacto esteja no fato de que, por trás da irritante exaltação do meio que freqüenta, Lolita o denuncia da forma mais dura possível. A partir do momento em que faz um aborto, Hell adquire (diante de uma loja Baby Dior...) uma consciência amarga da vacuidade da sua existência. É então que a autora desvenda sem hipocrisia o mundinho fútil dos muito ricos, o lado sombrio da juventude dourada”. – Luciano Trigo.

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O SUCESSO DE HELL

Lolita Pille ganhou fama depois de Hell e seu livro foi traduzido para várias línguas. Há quem tenha odiado sua obra, assim como há aqueles que amaram. Em 2006, virou filme dirigido por Bruno Chiche e roteirizado pela própria Lolita. No entanto, a crítica não gostou muito, e, realmente, Hell/filme não chega nem aos pés de Hell/livro.

"Andreaaaaaaaaaaaaaaaaa!"

AS CONSEQUÊNCIAS

Depois da publicação de Hell, Lolita foi proibida de entrar em diversas boates de Paris, e seus amigos, que se viram retratados no livro, a rejeitaram. No entanto, a clubbing life que Lolita vivia já a cansara, e logo ela conheceu novas pessoas, se mudou para o Marais, bairro dos boêmios e artistas de Paris, e passou a freqüentar muito mais bares do que clubes. Segundo Lolita, nos clubes você , nos bares você fala e ouve.

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BUBBLE GUM

Bubble Gum foi o segundo livro de Lolita, também traduzido para várias línguas. Combina dois temas clássicos da literatura: o da incoerência ultrajada e o do pacto faustiniano com o mal. Manon, 21 anos, entrega sua alma - e também seu corpo - a Derek, em troca do brilho enganoso dos refletores. Mas, como em seu romance de estréia, Lolita Pille constrói uma narrativa mais complexa do que parece, avessa a clichês e permeada por uma crítica sutil aos valores da sociedade contemporânea. A relação com o pai e a negação das origens - tudo o que Manon quer é se desligar do passado - permeiam os conflitos vividos pela protagonista. Quando a existência tem a profundidade de um pires, até as angústias são pré-fabricadas. Não é a toa que volta e meia Derek esbarra num contra-regra, como se a vida fosse um filme.

“Quero trabalhar no cinema”.
“No cinema... por quê? Para ficar rica, famosa, para que amem você?”
“Não”.
“Por quê?”
“Para mudar de vida. A cada papel. Mudar de pele. Mudar de passado. Mudar de nome. Mudar de história. Mudar de rosto. Eu detestei minha vida, quero experimentar outras”.
“O que você quer é dinheiro fácil, o luxo e as homenagens, que tenham inveja de você, mesmo quando tenham pena de você, o mundo a seus pés, os caprichos de diva. E todo o resto...”
“Não me importo”.
“É realmente o que você quer?”
“Sim... Eu faria qualquer coisa”.
“Que tipo de qualquer coisa?”
“Tudo. Eu venderia minha alma ao diabo...”
“Mesmo?...”

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JALOUSE

Em novembro de 2007, Lolita fez um editorial para a revista Jalouse, fotografado por Matthew Frost. Algumas fotos ilustram o post.


MAIS

Crépuscule Ville é o terceiro livro de Lolita, sem tradução para o português ainda. Promete ser tão bom quanto seus sucessores – principalmente por vir de uma autora avessa a clichês.

Marina.
Fontes: Site da Lolita Pille, Wikipédia, livros da Lolita.

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Milka México - BACKSTAGE
dimanche 26 avril 2009 |




Alê Garattoni, do It Girls, diz que devemos ter cara-de-pau, paciência (aguentar muita espera e chá-de-cadeira) e competência e classe para se dar bem no mundo da Moda. Precisei dos três para conseguir entrar no backstage da Milka; foi rápido, menos de meia hora lá dentro, depois de três horas de espera. Mas as fotos estão aqui!





O desfile começa em uma meia hora, e esperamos um show. Em entrevista para a revista da UniRitter, Milka disse que este desfile será como nenhum outro, excedendo as expectativas e comemorando os cinquenta anos de sua carreira. Esperamos!





Só para acrescentar: a área VIP é uma delícia, literalmente. Comemos os melhores bombons feitos artesanalmente e muita champagne e Sex on the Beach. Muito bom!





Agradecimento IMENSO para a Suzana e para a Kiki da equipe da Milka; foram muito simpáticas, solícitas, queridas e todos os elogios que eu posso dirigir a elas. Muito obrigado! Obrigado também ao Osvaldo Perrenoud da Desenhos de Luz e equipe por me ceder tomada quando a bateria do laptop estava acabando - uma salvação!

Clarissa

fotos por Júlia Barros

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Quartier Latin - Desfile da Zóide
vendredi 24 avril 2009 |

Segunda-feira a Marina me ligou, dizendo que aconteceria um coquetel com desfile da Zóide seguido de festa no Quartier Latin. Obviamente adorei a idéia e, na noite de segunda-feira, chamei a Júlia para ir com a gente.

Eu nunca tinha ido no Quartier Latin, e preciso confessar: foi amor à primeira vista! O nome já havia me conquistado, por ser uma referência à área que mistura um pouco do 5ème e do 6ème arrondissements de Paris; situado à margem esquerda do rio Sena e ao redor da Universidade Sorbonne, o Quartier Latin de Paris é conhecido pelo ambiente animado e pelos famosos bistrots, além de ser o chão de vários outros estabelecimentos de educação de alto nível. Voltando ao Quartier Latin de Porto Alegre, preciso acrescentar que o ambiente é gostoso e a decoração é uma delícia, mas isso já é conteúdo para um outro post.

Voltando à parte que nos interessa: o desfile. A Zóide, para quem não sabe, é uma loja de Porto Alegre que vende marcas legais como Triton, Vide Bula e Calvin Klein (para citar só as que eu mais gosto). E as fotos você confere aqui:


O desfile, obviamente, foi bastante comercial - mas, ainda assim, prendeu o olhar. A jaqueta perfecto xadrez eu queria levar para casa no ato, e o trench-coat (hit da estação) de xadrez discreto também chamou a minha atenção. Os vestidos pretos mesclam o ar sóbrio que é resultado da crise com uma sexualidade óbvia, também explícita não só no modelo mas também na estampa do vestido de oncinha.

Embora tenha gostado do clima, preciso admitir que senti falta do estilo rock glam que ando viciada ultimamente (uma conseqüência da comercialidade do evento?). Preferi a moda masculina à feminina, que trouxe uma mistura de clássico & cool, super atual.

- Karol Rigon com os donos da Zóide, Rafael Helfer e João Kum, respectivamente.

A Karol foi super atenciosa, nos deixou conhecer o backstage e conversar com os modelos, e nos apresentou aos donos da Zóide - que também foram super simpáticos e prestativos. Um agradecimento fica aqui a vocês!

E para quem quiser conhecer, a loja Zóide fica no Shopping Bourbon Country de Porto Alegre, no segundo andar. Vale a pena!

- Cena do backstage: aqui vocês conferem minhas pernas numa meia-calça super cool e as sacolas com roupas da Zóide - quero todas para mim!

Clarissa

fotos por Júlia Barros

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100 Single Ladies
jeudi 23 avril 2009 |

Para comemorar o anúncio da "Trident Unwrapped", que está sorteando ingressos para o show da turnê "I AM" da Beyoncé em Londres no dia 15 de Novembro, cem mulheres vestindo collaints invadiram Piccadilly Circus para fazer a dancinha do clipe Single Ladies. Deve ser ótimo estar andando na rua e dar de cara com um bando de mulheres fazendo a Beyoncé, hahahaha. Amei! Por que não tem esse tipo de coisa por aqui?

"I got gloss on my lips, a man on my hips, hold me tighter than my Dereon jeans"...

Marina.

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Os Delírios de Consumo de Becky Bloom
dimanche 19 avril 2009 |



Fãs absolutas e devotas de Becky Bloom (vale lembrar que Clarissa começou a ler a série, há mais de um ano, por influência assídua de Marina), é óbvio que iríamos ver o filme na primeira oportunidade que tivéssemos. E assim foi - no primeiro dia que o filme estava nos telões, nós estávamos nas cadeiras.

É fácil se decepcionar com filmes baseados em livros, principalmente quando são livros que realmente amamos. Mas Becky nos surpreendeu - e acabou que saímos, as duas, contentes do cinema. O filme não é fiel à histórias; os detalhes dos três primeiros livros se mesclam sem cronologia, misturando o passado e o futuro dos livros da Sophie. A idéia de misturarem a história com uma revista ficou meio too much O Diabo Veste Prada, e a personagem Alette ficou um pouco caricata demais. Esse problema também aconteceu com o personagem Derek Smeath - no livro ele era mostrado como uma boa pessoa fazendo seu trabalho, e no filme ele foi transformado em um personagem dark e nojento. Mais uma que entra nessa lista é a Alicia - enquanto no livro ela se encaixava perfeitamente à empresa de RP, no filme ela ficou perdida e pouco crível. E concordamos que o Tarkie precisava ser mais awkward.



A grande sacada foi, no entanto, a construção impecável dos personagens principais. Becky e Luke estavam maravilhosos, direitinho como a gente imaginava - e isso tornou a história real, quase um extra dos livros, uma espécie de poderia ter acontecido. A Becky do filme era exagerada e cômica e caricata (um pouco!), mas não demais; somente o suficiente, como a Sophie dosou nos livros para nos dar o tipo mais gostoso de comédia.



Quanto ao figurino, ele foi exagerado, over e ousado (totalmente Patricia Field), mas, mesmo assim, verossímil - completamente a nossa compulsiva Becky, muito mais fashion victim que fashion addicted. E o quarto dela era um amor!

No fim, gostamos do filme - muito mais pelos personagens principais (que estavam lá, apesar de tudo), do que pela história. Apareceram apenas algumas poucas cenas dos livros, e essas foram muito boas (a écharpe Danny&George que o diga); e realmente seria melhor se se tivesse mantida a fidelidade completa ao livro, também com o enredo. Mas, mesmo com todos os problemas e imperfeições, nós gostamos, fomos assistir outras vezes e queremos continuação; e assinamos, juntas, como fãs (sempre!), mas também como espectadoras imparciais.



E como diz o ditado, de Becky e de louco, todo mundo tem um pouco.

Clarissa & Marina

fonte das fotos: IMDB

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Barbarella Bakery
vendredi 17 avril 2009 |

Se você mora em Porto Alegre e quer buscar ambientes de classe, qualidade (em qualquer coisa que você procurar) e gente bonita, não pode errar se for no bairro Moinhos de Vento. E foi ali que nós encontramos a Barbarella Bakery, padaria eleita como a melhor da cidade várias vezes consecutivas.

O ambiente é confortável, gostoso e não muito barulhento. As paredes são repletas de temas (painéis, quadros, pôsteres) de filmes antigos - puro fetiche. Para quem não sabe, Barbarella é o nome de um filme de 1968, estrelado por uma Jane Fonda jovem e no auge de sua beleza; o filme foi inspirado em uma comic book de ficção científica erótica, o que leva o lugar a um novo patamar de fetiche.

O andar de cima tem um lounge delicioso, com mesinhas e cadeiras, um sofá confortável e um cantinho mais reservado todo em rosa shocking (aliás, o termo rosa shocking vem de shocking Elsa, uma homenagem à estilista Elsa Schiaparelli, contemporânea aos filmes que estampam as paredes da padaria).

O menu é outra diversão à parte, com pratos com nomes como Bardot e Barbarella. Acabamos pedindo um Brigitte e um Croque-Madame; os pratos são lindos, deliciosos e grandes (!). O serviço também é ótimo, os garçons são super simpáticos e atenciosos, e as atendentes nos deixaram tirar fotos sem problemas. E a melhor parte ainda está por vir: o ambiente pode ser alugado para eventos privados.

Indicação certa: ambiente de classe para quem é exigente e tem paladar sofisticado. É diversão garantida, e certamente voltaremos sempre que for possível (precisamos experimentar o cardápio inteiro se quisermos ter algum prato preferido, não é?).

Barbarella Bakery: Rua Dinarte Ribeiro, 56 - Moinhos de Vento, Porto Alegre.

Clarissa & Marina
(texto e fotos)

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Champagne, sempre
jeudi 16 avril 2009 |

Um dia o meu professor de matemática disse que eu era idêntica a uma atriz de um filme que ele viu; inclusive brincou, dizendo que eu deveria ter avisado que tinha ido para Hollywood. No outro dia ele apareceu dizendo que a atriz era Scarlett Johansson. Acho que não tenho absolutamente nada a ver com ela, mas mesmo assim meu ego inflou com a declaração (obviamente). E se antes eu já gostava bastante dela, depois passei a adorá-la.

Lindíssima e uma atriz maravilhosa, Scarlett Johansson é, segundo minha professora de Moda & Cinema, a última diva de Hollywood, a última atriz que continua o legado das louras geladas - Marilyn Monroe, Grace Kelly e Catherine Deneuve, para citar só as minhas favoritas.

Queridinha de Woody Allen, Scarlett já estrelou campanhas para a Louis Vuitton e para Dolce&Gabbana, sempre com insinuações pin ups (que também remetem às Musas da década de 50). Mas a campanha da vez é para se deliciar - literalmente. Scarlett é a Musa da Moët & Chandon, e estrela a nova campanha da marca de champagne - é a primeira vez que uma marca de champagne convida uma atriz para sua representante. As fotos estão lindas, com um aspecto ligeiramente plástico que eu gostei, e a campanha foi clicada pelos renomados fotógrafos Mert Alas e Marcus Piggott.

Do site: "Moët & Chandom são um símbolo de fabulosas celebrações por mais de duzentos e sessentas anos. Moët, como o cinema, é a celebração dos sentidos e das emoções. As celebridades, como o próprio nome deixa implícito, têm uma afinidade natural com Moët, a champagne das celebrações fabulosas, do romance, do sucesso, do triunfo pessoal e do triunfo público, dentro ou fora das delas. Para a nova campanha, Moët & Chandom escolheu Scarlett Johansson, que personifica perfeitamente os valores da Moët: glamour, generosidade, espontaneidade e vontade de viver a vida plenamente!" (tradução livre)

Clarissa

fonte das imagens: divulgação da marca

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escrito às 12:24 | back to top




Pré-Balada
mercredi 15 avril 2009 |

Eu estava bisbilhotando hoje pela internet os sites das boates daqui de Porto Alegre (Madras, por favor, reabre logo!), e acabei indo parar no site do Jimbaran, uma das melhores boates de Atlântida (litoral gaúcho). Amei a música que tocava no fundo. Se chama Unforgivable, da Armin van Buuren, e eu resolvi compartilhar com vocês, porque é uma ótima música para ouvir no carro antes da balada, ou numa pré-night. Fica a dica! ;)


Marina.

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À la Gossip Girl
mardi 14 avril 2009 |

A coisa que mais chama atenção em Gossip Girl (depois do Chace Crawford − cof, cof) é o figurino, principalmente o da ala feminina. As meninas estão sempre lindas, com produções exageradíssimas – mas que funcionam perfeitamente na tela. E seja a Blair, com as tiaras e os laços, ou a Serena, com os decotes e os vestidos curtinhos, uma coisa que todas, sem exceção, usam, é a meia-calça.

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Coloridas, estampadas, opacas ou transparentes, nós sempre podemos ver algum look que as inclua nos episódios. Já virou marca registrada das garotas do Upper East Side – e do Brooklyn também, já que Jenny está sempre usando.

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Nos últimos desfiles de inverno do hemisfério norte, pudemos ver que várias grifes resolveram aderir à moda. Se antes as mais vistas eram as opacas, as da vez agora são as estampadas. Já nas ruas, principalmente entre as celebridades e as socialites, as transparentes são as mais usadas (Ale Garattoni, do It Girls, escreveu uma matéria sobre isso aqui).

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House of Holland, Chanel e Marc Jacobs.

Hoje eu estava passeando no Iguatemi, depois de ver Delírios de Consumo de Becky Bloom pela segunda vez, e dei de cara com um modelo xadrez da Lupo em uma vitrine. Foi amor à primeira vista! Tem em quatro cores – verde oliva, vermelha (a que eu escolhi), bordô e preta. Custou 23 reais. Para ficar super Gossip Girl.

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Marina.

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escrito às 19:09 | back to top




Perfil da Semana - Carol Trentini
lundi 13 avril 2009 |

Não é por acaso que Carol Trentini é a queridinha da poderosa Anna Wintour, editora-chefe da VOGUE Americana, e dos (grandes) fotógrafos Patrick Demarchelier e Steven Meisel.



ANTES DA VIDA DE MODELO
Caroline Aparecida Trentini é uma canceriana do dia 6 de Julho de 1987, natural de Panambi, no Rio Grande do Sul. Ela é descendente de alemães e italianos; quando ela tinha apenas um ano de idade, seu pai, Jacó, morreu, e então ela passou a ser criada pela mãe, Lourdes, e pelas irmãs mais velhas, Franciele e Élen. Chegou a dizer, em entrevista: "eu queria fazer igual as minhas duas irmãs mais velhas: estudar, me formar na faculdade e trabalhar em alguma coisa".



Entrevista com Carol Trentini, 2006


INÍCIO
Quando tinha treze anos, Carol Trentini foi descoberta andando pela rua em Panambi pelo mesmo agente que descobriu Gisele. Logo mudou-se para São Paulo, e disse que ficou assustada por morar sozinha em uma cidade grande (Panambi tem menos de 50 mil habitantes). Permaneceu lá durante apenas um ano; logo, foi para New York, mesmo sem falar inglês; aprendeu o idioma rápido e fez uma campanha para a linha Marc by Marc Jacobs, quando realmente despontou. Atualmente, mora em New York com as amigas e também modelos Cinthia Dicker e Bruna Erhardt.



DESFILES E CAMPANHAS
Carol tem rostinho de boneca, bochechas vermelhinhas e brilhantes olhos azuis - o que a ajudou a brilhar na passarela. Mas não foi só isso: "sou profissional e sou muito crítica e exigente; já treinei muito no espelho!", garante. Desfilou e/ou fez campanhas para Valentino, Versace, Chanel, Christian Dior, Louis Vuitton, L.A.M.B., Vera Wang, Ralph Lauren, Oscar de la Renta, Dolce&Gabbana, Calvin Klein, Balenciaga, Rosa Chá, Baby Phat e também foi estrela de vários Victoria's Secret Fashion Shows. Apareceu na capa de inúmeras revistas, entre elas VOGUE, Elle, W. e Harper's Bazaar. Em 2007 foi o rosto da Gucci Cruise, Oscar de la Renta, Dolce&Gabbana Animelier, Dsquared² e Mulberry; atualmente, é o rosto da DKNY e Carlos Miele.


Em Maio de 2007 a VOGUE America fez uma matéria com as supermodels da atualidade, em que Carol apareceu ao lado da gaúcha Raquel Zimmerman e das modelos Jessica Stam, Doutzen Kroes, Sasha Pivovarova, Agyness Deyn, Coco Rocha, Hilary Rhoda, Chanel Iman e Lily Donaldson.




CURIOSIDADES
Carol tem 1,80m de altura, pesa 55kg e suas medidas são 82-60-90cm. Carol está em 13° lugar no "Top 50 Models" do models.com e foi a modelo do mês do Fashion Model Directory em Janeiro de 2009. Em 2005, fez uma aparição na novela global Belíssima. Também é sabido que Carol cozinha bem ("meu estrogonofe é ótimo!", garante ela), e que adorou o livro O Caçador de Pipas; disse que também adora Forrest Gump e costuma escutar Vanessa da Mata e Bob Marley.




DEMARCHELIERS
Em Junho do ano passado Carol fez um belíssimo editorial com Patrick para a VOGUE Americana, chamado "falling off the map".


As duas fotos mais bonitas do editorial: deslumbrantes, Carol e a paisagem

Além disso, Carol namora o filho de Patrick, Victor, que lançou sua primeira exposição de fotos início de Março desse ano, em NY. A top aparece de topless em várias das fotos.



2009
Carol também está na campanha nova da C&A (linda, por sinal, me arrepio sempre que vejo), e, no dia dia 17 último, Carol desfilou em São Paulo, no Terraço Daslu, como uma Barbie (ao lado de Alessandra Ambrósio, com quem também divide a campanha citada acima).



Campanha da C&A - trazendo três tops e música deliciosa

Carol Trentini e Alessandra Ambrósio - Barbies no Terraço Daslu




Enjoy the show!


Clarissa

fonte das fotos: Demarchelier.com e FashionModelDirectory.com

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escrito às 13:00 | back to top